quinta-feira, 28 de abril de 2011 0 comentários

O abismo

No dia quando me faltaram as palavras,
O mundo inteiro deixou escapar sua cor.
Foi feita uma dissonância fétida de um rancor,
Feito uma forte luz que não se apaga.

Na época que minha poesia foi roubada,
Foi como ter me perdido em dor,
Procurando um rumo ou um esplendor
Que se perdiam em noites tão caladas.

Durante o tempo, o tempo só passava,
Arrancando a vida, enganando a alma,
Como uma triste canção de amor.

No mesmo instante que furtava o suporte
Que me segura à vida dentro de um pote
Onde a poesia se semeia em furta-cor.    
 
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