quinta-feira, 30 de setembro de 2010 0 comentários

Apenas "ele"


O amor
Que transpõe barreiras,
Que nos traz certezas,
Onde se serve à mesa,
Nos instiga a sonhar.

O amor
Que inspira o poeta
Não exige regra;
Apenas o completa
Por intenso amar.

O amor
Que é meio absurdo,
Inventa seu mundo,
Completa o tudo
E sobra no ar.

O amor
Que machuca e cura,
E que com o sol e a lua,
Os transformam em uma dupla
Que o poeta faz amar.

O amor
Que é responsável pela ignorância,
Nos induzindo à sua dança,
Torna viva toda esperança
De quem não quer mais viver.

O amor,
Que é contrário à guerra,
Se instala em nós.
Nos faz sonhar que ao final,
Depois da luta,
Em meio à culpa,
Nos reste
E nos sobre
Apenas
O amor!
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Dor

Mais uma letra de música


Vou dar um tiro no meu rosto
Pra vê se consigo respirar.
Vou amarrar em torno do corpo
Todo o amor que eu não pude dar.
E esquecer que o meu tormento trouxe a paz
E nunca mais vou fazer força pra não dissipar minha forma incapaz de amar

E não importa o que me faz sentir
Se eu não tenho medo
De esconder a dor que arde em mim
No fundo do peito.
Perceber que a tua mão em mim não causa mais o efeito
De transforma o que havia em mim
Em uma parte de mim mesmo
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Canção


Peço desculpas por eu ter fingido
Que o passado não me pertenceu.
Se fiz errado ao contento amigo,
Não foi por culpa do que aconteceu.

Nas sombras rasas de algum litígio
O medo sobra por assim dizer:
Se fosse fácil ter algum sentido,
Tornar-se-ia simples mesmo sem saber.

Correndo solto como um indomado,
O amor só toca quem ainda vê
Que o mundo é puro e inconformado
Para confortar o medo de viver.

A lua brilha mesmo sem sentido
Para que quem sonha possa entender
Que nem tudo que se explica é vivo
E o que é morto pode reviver.

Os sonhos fáceis fogem pela janela
E se perdem em correntes que eles mesmos veem.
Foi nesse escuro que tanto me acalma
Que essas palavras, em sua essência, puderam ser.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010 0 comentários

Aos pouquinhos


A vontade de te amar vem de mansinho.
Chega de última hora.
Assim, eu falo, tu me sentes bem pertinho,
E como quem cansa do ninho,
Eu me arrumo e vou embora.

Aí tu me ligas. Sonhas com um pouco mais.
Confunde-se com as ideias,
Joga as lágrimas nas panelas
E percebe que a ausência agora não te satisfaz.

Daí eu volto de novo,
Como quem não quer nada,
Deixo um pouco do meu gosto
E me entrego sem palavras.

Quando menos se espera
Se retoma o ciclo louco
De tu querer-me por inteiro
E eu, a ti, somente aos poucos.
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Eu mesmo


Eu sou um poeta muito mal amado
E que não tem o sentimento em si.
Muito mais fácil era ter nas palavras
Todos os amores que muito fácil escrevi.

Eu sou um pouco de ideias e ilusão
Que sonha em ter tudo o que antes falei.
No exato momento o horizonte é muito em vão
Para quem sonha e pode ao menos perceber.

Eu sou um pobre ser humano desalmado
Que desarma com expressões que eu mesmo invento.
Se para alguns isso é como ser amado,
Para mim, é se entregar ao sabor do vento.

Eu sou um mundo que só outros podem sentir
E não me iludo com minhas frases desconexas.
Se esse texto foi o pior que escrevi,
É por que, a inspiração, é tudo aquilo que ainda me resta.
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Tisciane


Seus lábios fartos desenhados de uma face límpida
São de um vermelhidão que nos incita a pensar
E que se movimentam harmonicamente
Como o vento que sopra do mar.

Um ponto negro sobre a boca
Que não se perde no alvo rosto,
Por sua vez pureza exala,
Mas ainda esconde um fogo louco.

O seu olhar é pedra dura como o vento
Que na vidraça de um homem, ao se encontrar,
Derruba o pobre com os desejo que se espalha
E, de joelhos, o gosto dela sonha em provar.

Suas ideias a cada primavera mudam de cor.
E no seu corpo uma volúpia rege o esplendor.
Seu colo vasto nos instiga e faz pensar
Ideias sórdidas, mas que no fundo, a faz gostar.

Sentada, inerte a esconder sua fronte em flor,
Ainda guarda a loucura de ser só.
Se a proximidade transforma o que é vivo em pó,
A distância se transforma em um único amor.
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Não é isso!


Parada, estática, se contenta em sua inércia.
Mas o vento que a toca insiste em deixá-la inquieta.
E nem quisera ser!
Seus braços móveis que se prendem sem razão,
Se entregam com tão gosto,
Como quem sonha tocar o chão.
Ao soprar por entre os dedos,
Suas partes se encontram pela enésima vez.
Condenada, até pudera ter se sentido,
Mas era pouco para quem nunca se desfez.
Sua forma vertical sonha tocar o céu
Se esticando num impulso
Que é regrado pelo que tem,
Mas contenta-se com isso!
Em uma forma cilíndrica, seu corpo se espalha
Demonstrando que sua graça é uma forma de viver.
Abaixo do chão, sua vida busca, luta
Como todos de sua raça devem fazer.
Natural poderia ser em meio à natureza
Mas a rua enluarada a ilumina sem pedir tributo.
E como uma vida que se invade,
Faz única dentro do seu restrito mundo.
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Solidão


Ainda é noite quando os olhos se abrem.
E no telhado a vista só encontra o negrume.
O corpo exala o peso que os sonhos trazem
E o sono amarga a solidão que há em tudo.

Os cabelos se entrelaçam ao travesseiro macio;
A pele sente os lençóis que confortava.
As mãos não seguram nada além do frio,
E o ouvido deixando entrar o que se cantava.

A mente pensa que está fora do mundo,
Levitando o corpo em um lugar desconhecido.
Ao acordar, os olhos ardem sem escrúpulos;
E a realidade mais machuca do que alivia.
sábado, 25 de setembro de 2010 0 comentários

O tempo e o vento

Letra de múscia
Eu não tenho tempo pra perder no abismo.
O vento que me sopra cheira ao teu suspiro.
A falta que fazia o medo escondido
Acaricia agora a minha solidão.

O tempo que não vem mais aqui
Me fala do que sentiu
Do medo de não poder sentir
O que o coração diz.

Vou tentando ser o meu destino.
E que o vento leve a solidão.
Esperar na sombra de um abrigo
Talvez um dia um coração bater par mim.

O meu medo de ser um inimigo
Traduzia o meu maior desejo.
E a flor que se escondia no fundo do abismo
Nem o vento pode arrancar.
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Pra lembrar de te esquecer

Letra de Música
Não sei o que me aconteceu,
Não vejo meus olhos no espelho teu.
Não sei o que há comigo,
Meu corpo não pede o teu espírito
Que me consumiu.

Nem a estrela que eu de dei,
Nem mesmo a vida que entreguei
Fez você lembrar de mim.
Nem mesmo a lua que roubei,
Nem mesmo o sol que eu arranquei
Fez você olhar pra mim.

Minhas asas foram jogadas ao vento.
Minha alma esta perdida no tempo.
Meu corpo, ah, meu corpo caía.
Se perguntas se eu ainda sonho:
Desculpe, meus olhos são águas vazias.

É tão fácil amar.
É tão fácil odiar.
Difícil é dar abrigo para o inimigo.
Essa canção não é pra mim.
Essa canção não é pra você.
Essa canção é só pra lembrar de te esquecer!
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A certeza de um talvez

Letra de Música
Talvez eu não esteja no lugar certo, no mundo certo,
Eu não posso ver minha imagem refletida no espelho.
Talvez eu não saiba bem ao certo como vive o estrangeiro,
Eu só posso descrever este caderno.
Talvez eu seja apenas o tempo que constrói a dor.
Você não pode me entender

É que eu não sou quem eu penso que sou.
Eu sou o que eu penso.
É que eu não sou quem pensam que sou.
Eu sou o que eu penso.
E penso!

Talvez o mundo esteja conspirando contra mim.
Se afaste que o meu corpo vai explodir.
Talvez eu não tenha mesmo pra onde ir,
Já que os meus sonhos são lembranças que eu esqueci.
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O que não se vê

Letra de Música
Não vou mais me procurar
Em olhares que eu nunca vi.
Não vou mais se quer me olhar
No espelho que te perdi.
A beleza que esperamos se encerra no que somos,
Porque o amor nada mais é do que uma certeza que supomos;
E tentamos amar o que não se vê.

Vou ceder aos meus anseios
E tentar me recompor,
Pra esquecer que no meu peito
Jaz uma linda flor.
Perceber que o meu erro foi tentar prever a dor
Que tem-se em amar o que não se vê.
 
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