domingo, 11 de março de 2012

Da dor oculta

Há quem não encontre razão em uma ferida
Tão quente ainda do seu golpe rápido,
Sentido na pele quando ainda calmo
Entregou às pressas toda sua vida.

Há quem sinta medo de não ver saída
Em cada noite escura que mora ao lado.
Esquecem-se todos que em todo abraço
Ainda se encontra um pouco de alegria.

Mas, mesmo assim, todo inverno machuca
Quando traz consigo a amarga chuva
E o rápido vento que fecha as portas.

Pois todo sentido terás quando o corpo inerte
Finalmente encontrar no seu caminho as vestes
Para se entregar de alimento às rosas.

1 comentários:

Milena disse...

AMEI!!!
PROFUNDO, INTENSO, MAS AO MESMO TEMPO TRADUZ DE FORMA LEVE A DOR E A BELEZA DO TRAGICO!!
PARABÉNS.

Postar um comentário

 
;