Eu quero ter o amor dos loucos,
Um amor injusto, igual aos outros.
Um amor que seja meu até o fim.
Eu quero em mim o amor dos mundos
E que me faça do normal, um absurdo,
Que não espere algo que venha de mim.
Quero que seja ele, então, tão puro,
Que reja a vida, que vá ao fundo,
Que nem eu mesmo possa entender.
Eu quero ter o amor dos pobres,
Que tem o outro como um suporte
A enfeitar seu coração.
E quando o meu amor se for,
Quero que leve de mim uma parte
E que deixe a sua a completar minha metade.
Pois no momento que este meu amor chegar,
Quero-o repleto. Quero que seja muito,
Que seja único, que seja vários; seja completo.