sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ísis

Veio tímida, como quem não conhece nada,
E como fada, jogou seu encanto pelo ar.
Fez um brilho nos olhos de quem a via
E uma paz de quem, com ela, pôde sonhar.

Cabelos negros como noites sem luar;
E um sorriso que se confunde ao cantar
De um lindo pássaro que pousou em uma árvore
E que exibiu as suas asas a ruflar de par em par.

Seus olhos lindos, apertados,
Que, ao sorrir, brilham com a força de um açoite,
São claros como um dia inesperado,
Mas penetrantes e encantadores como a noite.

Sua voz doce é como o algodão que faz as nuvens
Que flutuam em todos os sonhos que pensei.
Se as palavras traduziam algum futuro,
Nem um minuto foi bastante para entender.

O mundo gira de forma harmônica aos seus pés
E leva junto a simples palavra de quem quer contar.
Nos dias claros as lembranças trazem os céus.
Nas noites escuras sua falta faz sonhar.

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