quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Medo Meu


Ah, dor, por favor, deixa-me ir.
Não me digas que ainda tenho que aprender.
Já não basta eu ter que viver sem mim,
Ainda tenho que esperar por mais ardor?

Ah, dor, não me maltrata tanto.
Bem que eu não queria te ter aqui comigo.
A felicidade estava dentro dos meus planos.
Só não esperava que ela se fosse assim, sem sentido.

Ah, Deus, por que ela machuca tanto?
Livra-me da lágrima tão calada,
Pois apenas o canto da pessoa amada
Traria de novo a calma que eu mantinha antes.

Ah, amor, é necessário trazê-la contigo agora?
Deixe-a um pouco calma por um instantes
E quando a lua ainda estiver minguante,
Banhas-me com a chuva que me deste outrora.

Ah, dor, ensina-me ao menos a viver!
Nem que nesse instante
Eu implante um cravo em minha pele,
Mas que me liberte de tamanha solidão.

Ah, dor, que fiques mais um pouco!
Nem que me trates como louco,
Com os olhos ainda foscos,
Por tanto querer sofrer.

É por que eu sei que com a tua partida,
Nem que ainda me tragas um pouco de alegria,
Levarás de mim a mais linda flor:
Aquela que os românticos ainda chamam de “amor”.

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