segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Não é isso!


Parada, estática, se contenta em sua inércia.
Mas o vento que a toca insiste em deixá-la inquieta.
E nem quisera ser!
Seus braços móveis que se prendem sem razão,
Se entregam com tão gosto,
Como quem sonha tocar o chão.
Ao soprar por entre os dedos,
Suas partes se encontram pela enésima vez.
Condenada, até pudera ter se sentido,
Mas era pouco para quem nunca se desfez.
Sua forma vertical sonha tocar o céu
Se esticando num impulso
Que é regrado pelo que tem,
Mas contenta-se com isso!
Em uma forma cilíndrica, seu corpo se espalha
Demonstrando que sua graça é uma forma de viver.
Abaixo do chão, sua vida busca, luta
Como todos de sua raça devem fazer.
Natural poderia ser em meio à natureza
Mas a rua enluarada a ilumina sem pedir tributo.
E como uma vida que se invade,
Faz única dentro do seu restrito mundo.

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