terça-feira, 9 de novembro de 2010

Laura

Pois que venha, então, você e o seu charme
Tirar a minha calma e me iludir esta noite.
Não quero que a tua presença se cale,
Quero que tua boca lasciva me açoite.

Traga, então, as tuas cinco ou seis palavras
Que eu quero saboreá-las, mesmo assim.
As conversas às vezes atrapalham
O que o corpo reclama por querer sentir.

E ela vem ainda com seu vestido rodado
Dançando canções que nem eu conheci.
Chega em rodopios quentes, calados,
Que me incendeiam do início ao fim.

Quero bebê-la em goles lentos e encorpados
Que é pra eu me embriagar por inteiro de ti.
Sentir o gosto de cada um dos teus pedaços
E mastigá-los enquanto ainda estão aqui.  

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