terça-feira, 5 de outubro de 2010

Só mais um


Agora falo com um mundo em minhas mãos:
Não faço mais parte de um simples mundo de vilões
Que nem mesmo um pensamento é tão simples como um tudo
E que o “todo” se resume a algumas ilusões.

Nunca pude perceber que a minha sombra é igual a tua
E que o meu medo não percebe que o teu medo é carne crua.
Para os outros que não podem chorar no vento,
Venho aqui chorar por todos que não choram por temer.

Um dia a chuva me falou bem baixinho:
“Meu filho, o vento sopra para o norte,
Quando o sul é só mais um barquinho.
Nunca espere que a maré traga mais sorte
Do que o vento possa dar em um suspiro”

Ainda era noite, e o casal lá na calçada troca carinhos.
E é engraçado como o tempo nunca passa
Para quem está sozinho!
Ou nem mesmo toca o céu em uma noite com tão brilho.

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